Não obstante as provocações policiais e o apetite voraz necrófobo e ignorante de alguns jornalistas (exportáveis para o ultramar), a manifestação lá desceu a Avenida da Liberdade, em paz e harmonia, com muito barulho e festa, sem faltar o costumeiro teatro de rua. Na verdade, houve duas manifestações: uma da esquerda reaccionária (comunistas) mais a esquerda vendida (bloco de esquerda) e outra da esquerda estigmatizada (anarquistas, activistas LGBT, activistas ecológicos e demais activistas terroristas). Estes segundos, impedidos de se juntar aos demais manifestantes, foram relegados para a traseira da coisa, rodeados por pitbulls fardados, armados até aos dentes, como que preparados para aterrar no Iraque ou no Afeganistão. Só faltaram mesmo os tanques blindados comprados pelo governo socialista da treta, para num futuro não muito longe penetrar bairros ditos problemáticos à caça de gorilas tropicais… afinal de contas, somos todos uns terroristas. Contudo, quem suspendeu uns dias a democracia foram os senhores da NATO.
(Na imagem: anarquistas na manifestação Anti-Nato de Lisboa. Mais fotos aqui)
No comments:
Post a Comment