Friday, July 1, 2011

Falemos então de coisas sérias…

Pode até ser inconsequente da minha parte vir falar do ensino superior cabo-verdiano, mas depois das “doideras” do nosso querido premier (por favor, chamem o Manuel Faustino) em relação à qualidade do ensino secundário (talvez o do Liceu Amílcar Cabral da Assomada) apeteceu teclar umas idiotices. Pena o gajo não ter imitado o ministro Tavares e não ter dito que apenas temos liceus topos de gama tal como disse um dia aquela senhora Duarte que saiu tal como entrou… discreta. Bem, agora temos como ministra dos Liceus extensão Universidades uma tal de… não lembro o nome. Aquela que disse que ao investigador basta um papel e uma caneta. Ela lá sabe…

O Dono, o ex-profeta, e actual biógrafo da desorientação papal do nosso Zema facebookiano, elogia os mais novos licenciados do ISCJS e pede a Deus que os ajude. Pois, bem precisam das mãos divinas do senhor dos Céus, porém, por ter passado por lá, entende-se pela turma dos finalistas do curso de Serviço Social do ISCJS, prefiro não tecer qualquer consideração. Enfim…

Ensino superior cabo-verdiano… cada vez que vou a uma Universidade a sério, entende-se fora de Cabo Verde, ou participo numa reunião científica com investigadores a sério, entende-se investigadores que não confundem investigação com consultoria, dou conta que andamos a brincar com coisas sérias. Não estou numa de dizer que anda tudo mal, contudo, pelo que vejo e ouço, caminhamos para o abismo. Se os alunos têm graves deficiências trazidas do ensino secundário, a mentalidade liceal da esmagadora maioria dos promotores da coisa nas ilhas faz com que essas deficiências se agravem.

Muitos Doutores da asneira “asneirando” todos os dias é o que encontramos no espaço universitário cabo-verdiano. Pronto, já disse... neste país, brinca-se com coisas sérias… brinca-se a universidades. Experiência investigativa da esmagadora maioria dos nossos docentes universitários: uma tese de licenciatura, mestrado ou doutoramento. A tese da Escola de Chicago sobre quem deve ser professor universitário mostra que estamos longe de lá chegar, a não ser na mente, cada vez mais, demente do reverendo. No dia em que os loiros de olhos azuis deixarem de privilegiar o método comparativo (as comparações com realidades oeste african0) e optarem pelo método de contrastes, damos conta do caminho negro que nos têm levado. Se as coisas continuarem assim, tenho pena desta Ilha-nação daqui a uns 20 anos. Os amigos que me chamam de ultra-realista, dizem que já daqui a uns 5 anos teremos a consequência da má governação do país pelo PAICV e MPD. E o pessimista sou eu…

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