O Paulino Dias apresenta aqui a sua visão sobre o empreendedorismo crioulo, polarizando duas categorias: o empreendedor por necessidade e o empreendedor por vocação. O primeiro somos e o segundo não. Do conceito empreendedorismo sei muito pouco... das conversas com o Edy, de vez em quanto, quando me dá na tola ir até Lisboa. Contudo, gostaria de perguntar ao senhor economista, em que categoria colocamos o gajo pobre que emigra por necessidade, começa por ser um pequeno drug dealer na esquina de um bairro qualquer de um pais desenvolvido, ainda por necessidade, mas, no decorrer dos anos, ambiciona crescer mais, interioriza a cultura de inovação para fazer frente à concorrência, cria uma empresa do crime, proporciona emprego a pessoas que por handicap estrutural não conseguiriam emprego de outra maneira, investe na terra que o viu nascer construindo riqueza através da criação de uma ou mais empresas no sector terciário ou entra como sócio em instituições nacionais sólidas, tornando-se num verdadeiro animal economicus, contribuindo assim para a diminuição do desemprego... ou será que a nossa conceptualização de empreendedor ainda é tão moralista e limitadora que somos incapazes de ver nesse indivíduo a essência do empreendedorismo?
No comments:
Post a Comment