Friday, January 11, 2013

MAYDAY 2010

Amanhã, em quase todas as cidades mundiais reproduz-se isto. Por aqui, haverá discursos ideológicos carregados de cinismos, almoçaradas e/ou jantaradas pró-trabalho precário, inaugurações e afins... um dia talvez o movimento MAYDAY chegue às ilhas. Acabar a ouvir Stormy May Day dos AC/DC aqui.

(Imagem pirateada na net)

Plateau, mon amour...

Os gajos do JPAI se calhar têm saudades da época em que o Plateau era uma desordem. Deve ser porque não vivem cá. Mas, eu pergunto o que é que esses meninos metidos a grandes políticos sabem da política (comigo não aprendem de certeza)... terrorismo político é o que tem feito, dizem alguns. Sei lá? Em Outubro de 2008 fiz um vídeo, muito amador, e o centro da capital estava como as imagens mostram (numa manhã de pouco movimento). Contudo, os iluminados amarelos acham que hoje está pior. É preciso ter uma mente muito obtusa... saudades de Filú? Ná!!!


O senhor Ulisses sai agora com essa de parquímetros. Não vejo com maus olhos mas antes do estudo do EMEL, deveria arranjar forma de eu e outros moradores no planaltinho estacionarmos o carro das 08h00 às 13h00 ou das 14h00 às 18h00 nas nossas portas nos dias úteis. Não importo em pagar anualmente à CMP para ter reservado à frente de casa. É o que existe nas cidades la di riba e, talvez, na Neveslândia.

Notas de fim-de-semana...

Durante muito tempo o wikileaks trouxe a público documentos secretos norte-americanos e estava tudo normal... mas quando o gajo da Austrália ameaça bancos (para Janeiro 2011) a casa vem abaixo e torna-se o homem mais procurado do mundo.

Dizem que Cabo Verde foi espionado e o jornalismo de excelência da A Semana faz esta matéria. Quem diria, hein! (sem comentários) O senhor Neves, no seu périplo pelas inaugurações carregando o mais que provável candidato paicvista às presidenciais 2011, acha um ultraje a forma como o senhor Assange mostra como a diplomacia norte-americana trabalha (a justificar o MCA) e o tal Administrador da Uni-Piaget que ninguém percebe o que faz na TCV ao lado do Tolentino, continua a provar que é uma mente obtusa.

Quanto ao narcotráfico e as restantes economias subterrâneas (que nas ilhas de subterrânea só tem o nome) que passeiam por estas bandas, quando os chefes judiciais e alguns empresários de eventos e afins com familiares, conhecidos e lacaios no poleiro forem presos e condenados, estaremos de facto a lutar eficazmente contra a coisa...

Portfolio (2)

(04 Outubro 2009: entrada norte da cidade de São Filipe na ilha do Fogo com Brava no horizonte)

Wednesday, January 9, 2013

E a merda continua...

José Maria Neves disse um desses dias no jornal Oje CV que iremos alcançar os objectivos do milénio porque conseguimos reduzir a pobreza em 24%. Sinceramente, ando preocupado com a insanidade mental do homem. Adoraria conhecer o tal da Neveslândia. Esse outro país governado pelo nosso premier. A certeza é que no país que eu vivo, a pobreza e a desigualdade social aumenta a olho nu a cada dia. E não vejo a salvação no MPD (o partido com problema identitário). Pex, o rapper, perguntou que futuro para os jovens. Os amigos e familiares do clero de certeza terão um futuro risonho. O Neves mirim - o tal filho primeiro aspirante a economista - sonhou com a Bolsa de Valores. Disse várias vezes em Lisboa que quando voltasse à terrinha pedia ao pai que pusesse esse brinquedo nas suas mãos. Mal chegou ao país empregou-se na Bolsa de Valores. Quisesse ir para a ELECTRA, os TACV, ou o raio que o parta, o pai lá o fazia a vontade. Pois... Veríssimo que se cuide. O gajo disse que ia pedir ao papai para lhe entregar a coisa. E os outros licenciados e mestres em economia sem papai ministro, que se lixem. Ou o rapaz é uma intelectualidade ou todo o discurso papal é conversa para enganar tolos. E tolos há-os aos montes por aqui...

Monday, January 7, 2013

E assim continuamos...

Nestes dias de paranóia em que a (in)segurança está na ordem do dia (fruto do agendamento político tardio - talvez por ser de iniciativa exterior) e a figura social thug institucionalizou-se, lembrei-me deste seminário (sinopse aqui) realizado em 2008 na Universidade Nova de Lisboa. Na altura, o dedo foi posto sobre as respostas institucionais sobre o fenómeno. Volvidos 2 anos e tal, a operação anti-violência é denominada "ratoeira" e apesar da intenção do premier em encontrar-se com os denominados thugs (aplaudido pelo Clero e seus apoiantes, chacoteado pela Máfia e visto com desconfiança pelos desafiliados e uns tantos outros) a fórmula parece-me a mesma, isto é, bonita na forma e estéril no conteúdo. A ver vamos...

Sunday, January 6, 2013

A Ler: No Mrvadaz

PraiaPop: tribus urbanuz de Dudú Rodrigues

PraiaPop é Praia di oji en dia, cidade partida, híbrida, desintegrada, individualista, desigual, injusta, desafiliadora e violenta – física e simbólica –, onde a outra arte acontece desterritorializada nos funcos, pelas mãos de tribos urbanas, reorganizadas à volta dos grupos de pares. São as tribos dos MC’s, dos B-Boys, dos grafiteiros, dos DJ’s, dos capoeiristas, da malta das duas rodas e dos folk devil ‘s thugs.

PraiaPop são agrupamentos juvenis sociais semi-estruturados, ligados pela (contra) cultura e solidariedades colectivas, detentores de estilos de vida anti-sistema, estigmatizados e criminalizados. Provocadores sociais, denunciadores públicos dos males sociais, guiados por flashes de adrenalina e de afirmação pessoal e social.

PraiaPop é revolução simbólica, é a revolta da periferia com as armas do centro do passado, a invasão do espaço museificado, a popularização e a reprodução do vulgar.

(clicar na imagem para ampliar)

Friday, January 4, 2013

Cabo Verde: O Pais Paraíso

Nada que me tenha surpreendido. No governo, na oposição (quando for governo), nas Câmaras Municipais, nos dois maiores partidos, enfim, por todo o lado. O sistema é corrupto. Quando se ganha pouco, num meio de aparente abundância, onde todos querem sta ta manda, espera-se o quê? Corrupção... ya, os negócios com os portugueses. Certa vez, um empresário nacional foi concorrer para uma grande obra do governo e o representante de uma das empresas de construções civil portuguesa no país, antes de saber dos resultados já estava a querer saber da sua disponibilidade para o subcontratar. É o país que temos. Corrupto... e estou-me a cagar para os números das instâncias internacionais. Em Cabo Verde a corrupção está por todo o lado. Todo o mundo sabe... as instâncias judiciais estão corrompidas. Juízes e advogados. No cartório da Praia trabalha um indivíduo que foi preso no passado por receber luvas, saiu da prisão e foi para o mesmo posto de trabalho. A sua função é transformar documentos falsos em verdadeiros. Porque acham que há terrenos com dois ou mais donos no papel? Lembram-se do saco azul do ex-homem forte da justiça? Do Filú? Do Tuta? Do Jacinto Santos? Etc... é o país paraíso. Modelo para alguns... e tudo isso porque, entre outras coisas, os jornalistas (a maioria) são incompetentes e os que não o são se auto-censuram ou se prostituem.

Sejamos sinceros. Se se fizer uma endoscopia profunda nas ilhas, o país reprova em todos os sectores. Nem os discursos blá blá blá do reverendo irá o salvar. Há uma pessoalização institucional e uma informalidade administrativa exacerbada. Nem falo dos parasitas (principalmente afectos ao Ministério da Cultura) institucionais que custam milhões de escudos ano ao Estado.

Na pós-eleição...

No dia da festa do tri-campeonato no largo da Várzea, em que a torcida amarela apresentará as novas camisolas pichadas com o efeito dito histórico financiadas pelo dinheiro sabe-se lá de onde, no momento em que oportunistas ditos novos quadros, depois dos resultados, gritam aos ventos que irão alistar-se no clube, quem sabe em busca de tachos, o Governo transvestido da ARE oferece-nos isto. MAIS CABO VERDE... de facto. Oh senhora ainda Ministra da Juventude, os jovens querem os 400 contos e a descida das propinas universitárias, principalmente nas privadas, prometidas na Achada Grande Frente.

Thursday, January 3, 2013

South Africa 2010 (2)

Acabei de ver o jogo de Portugal (queria dizer da Costa do Marfim) e leio no sítio da FIFA que o supersónico Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor em campo. Penso que devem ter enganado ou o Gaddafi tem razão no que disse sobre a máfia blatteriana.

Para aqueles (tugas) que dizem não se rever na sua selecção por causa dos jogadores naturalizados (queria dizer brasileiros), devo lembrar-lhes que antes do Deco tornar-se portugués por direito, muitos filhos das ex-colónias tinham representado a selecção das quinas sem que tivessesem nascido na Cova da Moura e afins. Mas lá está, estes são brasileiros... são especiais. Pena Cacau não ter passado pela campeonato portugués. Espertos... os alemãs.
Seguir os comentários do mundial via TCV e de vez em quanto na Sport TV, fez-me ver que afinal África é um país (a capital deve ser África do Sul) e que a senhora Sarah Palin não é assim tão ignorante no que a geografia diz respeito.
(Na imagem: Didier Drogba num jogo qualquer. Fotógrafo desconhecido)

Luz dja bai... debi ser sabutagen

Tal como na tal noite da suposta sabotagem, não obstante a presença dos militares nas centrais de electricidade, na Praia urbana, zona norte e oeste, um monumental apagão aconteceu. Se calhar é uma nova sabotagem... só não se sabe por ordem de quem e com que finalidade. Do tal relatório sobre o que realmente aconteceu no dia do tal debate, nem fumo nem fogo... e o prazo estipulado era trinta de Janeiro.

Tuesday, January 1, 2013

Intelectuais Maionese

Que nestas ilhas a beira mar agora verde existe aquilo que designo de Fascismo e/ou imperialismo intelectual (nem falo das prostituições para não chocar os convidados da Rosana) sedimentadas pelos short list (um tipo de concurso reinventado pelos amarelos), penso, que todos sabem. Agora, tenho reparado, que existe aqueles (jovens) com sede de afirmação que se auto-intitulam intelectuais. Sei lá... gramsciana ou mais do estilo engagé de Sartre. Na verdade, não passam de achistas que enchem semanalmente as colunas jornaleiras (onlines incluído) e, raras excepções, não passam de intelectuais maionese (embora tenha amado o intelectual bling bling da madame Traoré) convencidos que por terem um curso superior (de preferência lá fora) e um espaço de diarreia escrita são intelectuais. Mas pronto, isto sou eu a divagar...

Monday, December 10, 2012

Cabo Verde: O País Strip Tease

Neste país o strip tease é uma instituição. Começa com o seu representante oficial, o reverendo José Maria Neves. O homem fala, fala, fala... e perguntamos: será que fala mesmo de Cabo Verde? Aquele país no meio do Atlântico que mal aparece no mapa? O país da Cesária Évora, Raiz di Polon, Mindelact e demais coisas culturais que nos engrandece lá fora? O país dos projectos?Onde se faz projectos para futuros projectos? Só show... para estrangeiro ver.

A Televisão de Cabo Verde (TCV) deveria chamar-se Televisão Oficial do Governo (TOG) por ser um dos mecanismos de reprodução propagandista governativa, mais uns tantos panfletos pseudos-jornais e seus cronistas. Aliás, a propaganda virou moda nas ilhas (devem ter aprendido com o papai da metrópole). E que tal a UNI-CV e as demais escolas pseudo-universitárias abrirem no próximo ano lectivo mestrados e doutoramentos em Ciência da Propaganda? A disciplina achologia deveria ser obrigatória. Na verdade, na república dos achólogos, a achologia está prestes a tornar-se numa verdadeira ciência - autónoma. Aqui, a leviandade social faz escola...

O INE, na sua imensa sabedoria, descobriu a fórmula mágica de incentivar o stripteasismo governamental. Pois, estava convencido que a taxa do desemprego jovem no meio urbano andava por volta dos 60%. E o não emprego é de quanto já agora? Por enquanto, vão-se masturbando com isto (o país da morabeza e demais palavras que não passam disso mesmo).

O jornal A Nação descobriu, de repente, que existe uma máfia de terrenos na capital (no país). Pena não ter escrito sobre isso quando o capi Filú dava as cartas na capital. De certeza, devem saber que o maior reprodutor dessas negociatas é o próprio governo via Cabo Verde Investimentos (CI). Confesso que ainda não li o debate jornalesco entre o Nuías e o Monteiro (se calhar nem vou dar-me ao trabalho), mas, acho (da achologia) que se o futuro do país depender dos jovens da situação, tramados estamos.

Agora fala-se da revolta grega e as suas repercussões em Cabo Verde. São os nossos cronistas. Todos achólogos. A verdade é que este post do Emílio Rodrigues diz muita coisa. Só ir a uns tantos espaços nacionais para dar conta disso (no entanto, o BCV diz que retomamos o crescimento económico - em Portugal, o BP disse isso há uns meses - e há aquela coisa de parceria especial com a UE e paridade com o euro). O país do desperdício derivado do stripteasismo. É o que somos... stripers e travestis. (talvez haja continuação...)

P.S. E porque hoje é sábado, melhor mesmo é ouvir Beer Beer dos Korpiklaani (aqui).

(Na imagem: Mel B, ex-Spice Girl, stripteasando em Las Vegas, USA. Imagem pedido de empréstimo ao The Sun)

My Playlist (27) Air

Ver vídeo La Femme D'Argent aqui e info aqui.

My Playlist (64) Anders Parker

Sobre o cantor aqui.

Saturday, December 8, 2012

Nha Opinion

Maio, mês da cidade da Praia e do festival Gamboa. Muita gente critica porque, segundo eles, este ano está fraquinho devido à ausência de grandes nomes internacionais. Não esquecer que os Buraca Som Sistema são da 11ª ilha de Cabo Verde (Ilha da Kova da Moura). No ano passado a crítica era de que havia gente de fora a mais. Antes foi de que a coisa fechava muito cedo e crioulo só sai para paródia depois das duas da manhã. Para o ano hão-de inventar outra coisa. Eu, só tenho a dizer que este ano homenageia-se o funaná e no cartaz só vemos zouklovers. E os homens da gaita? No Kriol Jazz Festival, homenageou-se Horace Silver, mas música dele ou referência a ele foi levizinho, a tocar ao nada... É a nossa maneira sui generis de homenagear. Vi Ulisses na televisão, no tal programa da TCV "A Entrevista" e concordei com muita coisa, mas escusava-se de dizer que Jazz é música da elite. Será? Qual elite já agora? O do Comité da Praia? Cuidado com as generalizações que preconceito é feio. Parece o outro a dizer que ficou triste porque muita gente não assistiu os espectáculos da música contemporânea no Plateau. Ah e tal, são pouco cultos e por isso não percebem da coisa. Pode ser. Mas muitos armados em cultos também não a percebem. Metessem o Sakiss e suas bailarinas... Não sou contra os concertos pagos e acho que já se está a preparar para cobrar Gamboa num futuro não muito longe (atenção às experiências deste ano). A Câmara deve de vez em quanto oferecer concertos de borla aos munícipes como se faz por toda a parte do mundo, mas festivais do tipo da Gamboa podem muito bem ser a pagar. Mesmo que for um preço simbólico. Paga-se pela qualidade e/ou para a manutenção do espaço.

Sábios Spikandu...

Em Lisboa, tento ficar longe das imbecibilidades berdianas, mas ouvir isto (minuto seis) da boca do Tolentino mete nojo. Não é que este intelectual cabo-verdiano, Presidente do Instituto da África Ocidental (IAO), numa sábia explicação sobre o conceito imigração divide a má da boa imigração? A má é a da Costa Ocidental da África e a boa é da Europa (lá está... o negro mau contra o branco bom). É a sina cabo-verdiana... e não apeteceu mais ver o resto.

Friday, December 7, 2012

II Edição do Festival de Hip Hop Tarrafalense

O hip hop apesar de ter chegado a Cabo Verde nos anos 80 pelas mãos dos "mininus" dos sobrados vindos das férias escolares dos states e de alguns filhos de emigrantes (ficando pelo mi nha nomi e Totoi n ta kanta rap n ta badja breack... yo) só ganhou visibilidade e alguma notoriedade nos anos 2000 (sem esquecer do impulso dado pelos rappers da Praia e do Mindelo nos anos 90), se bem que conotado com violência, "kasubodismo" e "thugmania". Esta visibilidade e notoriedade só chegou quando esta cultura urbana (ou sub-cultura) encostou-se às esquinas dos funcos. Ou seja, ao contrário de muitos outros países em que este movimento deslocou-se da periferia para o centro, no nosso canto à beira mar quase quase, mesmo quase verde, o fenómeno foi inverso.

A actual conotação em riba mencionado tem corno onde se lhe pode pegar. A verdade é que a maioria dos grupos thugs praiense, formados nesta década tinham nome do grupo gangsta rap da zona, uma vez que, surgiram em parte como protecção dos MC's locais (eram tipo guarda-costas dos gajos) devido aos "bifes" pessoais e territoriais. Mas estas análises são para outros espaços... o que importa aqui dizer é que a nível territorial o movimento se encontra num estado de periferização regional (levando consigo a cultura thug) e alguns poderes locais que não estão para perder tempo tem sabido tirar partido desta onda modal.

O Festival Hip Hop do Tarrafal vai na sua segunda edição (impulsionado pelo pelouro da cultura da Câmara local) e tem como objectivo dar oportunidades culturais aos jovens rappers tarrafalenses. Para evitar que a malta cometa o mesmo erro que alguns gangsta rappers da capital, este ano, a Câmara Municipal do Tarrafal achou por bem (ou por mal) convidar Dudú Rodrigues, a mente atrás do Djuntarti e pai do movimento hip hop konsienti (que por sua vez resolveu aproveitar-se do meu rótulo de especialista em "kasubodismo" e "thugmania" dado por uma mente não identificada) para "workshopar" o pessoal do litoral norte. Foi fixe e seguimos o flow...

Os gajos não são um Pex, Bhudda, Shade B, Central Side, Kingston e tantos outros mentes críticos que pululam pela city capital, mas com alguma paciência, humildade, pesquisa e coragem são capazes de lá chegar. One love si pa Nice, Lost, Suri, B, K7 e muitos outros de que não recordo o nome. Apesar da minha costela headbanger, que me proporcionou um contrato quase milionário com o subversivo FeedBack (sem link), o rap revolucionário marcou-me primeiro e vai ser o meu próximo empreendimento sociológico, tentando assim completar a saga tribal "thugétnica".

(Na imagem: Lost no palco do Festival Hip Hop Tarrafal. Mais fotos aqui)

Thursday, December 6, 2012

Ah é? Que surpresa...

E a culpa é de quem? O pai que matou o filho antes de ontem em Gil Bispo, Santa Catarina, de quem é a culpa? Da política de merda do governo para o sector e dos tribunais. No caso de Gil Bispo, o malogrado só apanhou pena de prisão depois de disparar contra o então procurador do planalto central numa madrugada de sábado. Apanhou pena pesada, mas antes do disparo tinha contra si cerca de 70 processos. Saiu da prisão há 3 ou 4 meses por motivo de doença (antes disso fugiu e foi capturado uns 4 dias depois) e já tinha ordem de captura. Assomada é pequenina minha gente. Tudu algém ta da na kunpanheru. Agora é o narcotráfico (este novo agente kasubodianu) a assaltar o tribunal. Bem feito.

Estas reuniões dão em nada porque muito dos que os promove, são eles próprios traficantes ou receptores do lucro do narcotráfico (corruptos, digamos assim). Há alguém na sua mais perfeita racionalidade que acredita que os políticos e magistrados (com algumas excepções) estão interessados na luta contra o narcotráfico? Se não fosse esse negócio, ainda estávamos muito atrasados, colectivo e individualmente (falo materialmente). É segredo que o guarda prisional assassinado na Calabaceira há uns 2 anos, mais coisa menos coisa, foi queima de arquivo? O gajo ia testemunhar a favor do casal que alguém do poleiro a actual despachou para Portugal - a ex-Directora da Reinserção Social e o ex-Director da Cadeia Central da Praia. Muita gente sabe, mas o medo ou a fidelidade partidária castra-lhes.

A dengue? A maior política pública do governo é um feriado na sexta-feira para limpeza geral (dizem eles). Limpem antes o Palácio da Várzea... há muito lixo ali. E já agora, não se esqueçam do Parlamento e dos Tribunais.

Agora, diz-se que o Vital Moeda corre risco de vida... conheço magistrados que defendem que o rapazinhu foi posto ali para morrer. Então não foi ele quem desafiou o sistema no Sal? Mas essa não pega...

kufrontalidadi

kufrontalidadi