Saturday, December 8, 2012

Nha Opinion

Maio, mês da cidade da Praia e do festival Gamboa. Muita gente critica porque, segundo eles, este ano está fraquinho devido à ausência de grandes nomes internacionais. Não esquecer que os Buraca Som Sistema são da 11ª ilha de Cabo Verde (Ilha da Kova da Moura). No ano passado a crítica era de que havia gente de fora a mais. Antes foi de que a coisa fechava muito cedo e crioulo só sai para paródia depois das duas da manhã. Para o ano hão-de inventar outra coisa. Eu, só tenho a dizer que este ano homenageia-se o funaná e no cartaz só vemos zouklovers. E os homens da gaita? No Kriol Jazz Festival, homenageou-se Horace Silver, mas música dele ou referência a ele foi levizinho, a tocar ao nada... É a nossa maneira sui generis de homenagear. Vi Ulisses na televisão, no tal programa da TCV "A Entrevista" e concordei com muita coisa, mas escusava-se de dizer que Jazz é música da elite. Será? Qual elite já agora? O do Comité da Praia? Cuidado com as generalizações que preconceito é feio. Parece o outro a dizer que ficou triste porque muita gente não assistiu os espectáculos da música contemporânea no Plateau. Ah e tal, são pouco cultos e por isso não percebem da coisa. Pode ser. Mas muitos armados em cultos também não a percebem. Metessem o Sakiss e suas bailarinas... Não sou contra os concertos pagos e acho que já se está a preparar para cobrar Gamboa num futuro não muito longe (atenção às experiências deste ano). A Câmara deve de vez em quanto oferecer concertos de borla aos munícipes como se faz por toda a parte do mundo, mas festivais do tipo da Gamboa podem muito bem ser a pagar. Mesmo que for um preço simbólico. Paga-se pela qualidade e/ou para a manutenção do espaço.

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