Friday, February 4, 2011

Blogjoint: Prostituição

Se existe palavra que adoro utilizar é prostituição. Mobilizo-o para dizer algumas verdades, mas hoje o pessoal do costume resolveu falar do fenómeno e não da palavra.

Nos anos 90 era comum encontrarmos prostitutas nas imediações da Várzea, do Porto da Praia (lembram-se da Xubenga?) e do Hotel Praia Mar. Ou ouvir sobre as casas da luz vermelha na linha Vila Nova/Paiol entre outras linhas. Essas meninas/mulheres desapareceram das ruas (quem sabe devido às políticas inclusivas do reverendo) mas ao que parece, voltaram de novo às ruas (quem sabe devido às políticas desafiliantes do reverendo).

O que aconteceu na verdade depois dos anos 90 foi uma desterritorialização da rua para as discotecas, transformando estas numa espécie de casas de alterne dissimuladas. A expressão "soku na rostu" não aparece do nada (ver este artigo do José Carlos dos Anjos). Que o diga os estrangeiros, principalmente os tugas, e os cotas. Este pessoal acabou por influenciar o mercado do prazer sexual na capital.

O que não se fala é da prostituição masculina. Aquele pessoal com um corpo made in ginásios, muito matxus, que faz a vida comendo algumas figuras públicas masculinas (alguns deles também muito matxus e bem casados). Outros preferem fazer algumas cotas mais felizes. A troca desses favores é paga quase sempre em dinheiro, mas também em viagens, presentes e em muitos casos, em emprego.

Diria que é um mercado em clara ascensão e quem anda a fazer muita massa são os senhores chulos. Peço desculpas aos joint's por não conseguir escrever nada mais construtivo e como li primeiro o post do Edy direi: legalizem e regulamentem a prostituição porque cidade sem prostituta é igual às nossas televisões sem os filmes piratas.

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