Tuesday, May 3, 2011

Viva Camarada Zema's, Viva Partido Amarelo e Viva Cabo Verde

Era disto que a madame Traoré falava na sala de conferências do ISCTE semana passada (comentário aqui). Concordo que Cabo Verde seja um case study, mas por causa de outras coisas. O tal Luis Filipe e o senhor Tolentino podem até estar orgulhoso com os resultados da ONU, contudo, eu que nem sou um intelectual sei que a realidade é bem diferente. Não vou entrar numa de teorias de conspiração e fazer da FMI, BM, OMC ou OIT diabos a abater (a ONU é apenas uma sigla e quanto a isso acho que ninguém tem dúvidas). No entanto, devo dizer que os políticos cabo-verdianos, nomeadamente os amarelos, continuam a gozar com a cara dos cidadãos que continuam numa apatia que chega a impressionar. O Veiga e os verdes nem oposição em condições conseguem fazer (penso que este post do Dono é elucidativo - em vez de coisas concretas pega em patetices. Ya, o governo verde fez grandes investimentos no Maio nos anos 90).

O desemprego conseguiram descer com a nova metodologia. A realidade é outra. Todos os anos cerca de 700 e tal novos quadros pedem equivalência (de 2000 para cá) e de certeza não se enquadram. Nem falo dos que formam cá e os que nem sequer formam. Pois, levava-nos ao não emprego e a nova exploração dos recém licenciados transvertido de estágios profissionais. É a política pública possível. A pobreza que em 2000 era de 37%, por um milagre à Santo Neves foi reduzida para 26% em 2007 e 24% em 2009. A dona Martins disse há uns meses no Parlamento que brevemente (entende-se antes de Janeiro de 2011) mais 10% desaparecerão (ando à procura de uma vala comum). Na prática, a pobreza urbana é astronómica e no meio rural não houve melhorias. Da fome nem falo, mas sei que que há muitos people's residentes em sobrados que comem apenas uma vez por dia e uns tantos outros que recebem acima de 100 contos e poucos dias depois nem 10 mil têm. Continuam na aparência que vão longe. A educação de facto é de primeiro mundo (já agora solicito à ONU que nos mude da designação PDM para PD). Do ensino superior nem falo.

A promoção da igualdade do género não tenho dados para dizer que não cumprimos. A percepção é que há muitas Directoras em Cabo Verde. Também as mulheres estão em maior número. Pena tenho é dos companheiros que levam em casa. É uma realidade ignorada pelo instituto da Cláudia. A descida da taxa da mortalidade infantil e a melhoria da saúde materna é fruto das políticas sectoriais dos anos 80, reforçadas nos anos 90. No entanto, é bom lembrar que Deus é cabo-verdiano porque o que passa nas maternidades crioulas, principalmente a da capital, aposto que a senhora Lantz nem desconfia. Quanto ao combate à SIDA e outras doenças reforço a ideia que ainda bem que Deus requereu a nacionalidade crioula. Vê-se todos os dias que de facto a sustentabilidade ambiental está a evoluir. Praias e rochas desaparecidas, lixo queimado ao ar livre, política de betão e muitos atentados ambientais visíveis para os olhares bem menos atentos. Quanto ao último objectivo não tenho dúvidas que o cumprimos ou então não somos a Nação prostituta.

Por tudo isto e muito mais os meus mais sinceros parabéns. Aqui estamos e haveremos de continuar até Deus chatear-se de vez e renunciar a nacionalidade como fez com Brasil, o país samba.

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