Há muita confusão no ar. Maturidade democrática em Cabo Verde? Devem estar a gozar comigo. Usando o termo da senhora ex do PSD, Manuela Ferreira Leite, em Cabo Verde a democracia é suspensa durante cinco anos. De cinco a cinco anos temos democracia. E dizem que é maturidade democrática. Porque de cinco a cinco anos, o povo, que padece de uma atitude resignada copiada do papai português, aceita o resultado eleitoral. Grande coisa. Temos cinco anos de suspensão da democracia, desde noventa e um, onde a corrupção política, o tráfico de influências, o nepotismo, a perseguição política, a não aceitação do contraditório, a baixaria no Parlamento, o job for the boys, entre outras coisas anti-democráticas reina e uma campanha medíocre, onde a compra de votos, tiroteios, bocas de urna, uso do dinheiro público, agressões e ameaças são descaradamente stripteasado e, porque, no dia seguinte tudo fica como dantes, acha-se que somos o exemplo do mundo. Acho melhor não escrever mais para não ferir susceptibilidades... no entanto, convida-vos a ler isto.
Adenda: contudo, espero que esta legislatura, com o novo figurino parlamental e a prometida revolução na renovação governamental, seja diferente para melhor...
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