Tuesday, May 8, 2012

Era uma vez o movimento thugétnico

Meses atrás alguém (especialista em crónicas papo-furado transvestido em dissertações científicas) chamou-me pseudo-especialista em kasubudismo e tugharia. Uma honra achei na altura. Pois... finda a minha investigação de caricacá aos ditos new malfeitores urbanos e transformado as minhas descobertas via etnografia num artigo a ser publicado mês próximo numa revista de especialidade (que não é A Nação, o Expresso das Ilhas ou A Semana), declaro oficiosamente (que o oficial é com o reverendo) que não obstante os encontros de Estado do nosso premier com os temidos thugs da capital, a criação do ministério da mininada (aquele do não sei o quê do voluntariado) e as marchas da paz promovidas pela nossa quase invisível sociedade civil semi-partidária, o fenómeno thug morreu espontaneamente (a moda passou), tal como morreu espontaneamente outros fenómenos de associação juvenil delinquente do passado. Falo dos "piratinhas" nos anos 80 e os "netinhos da vovô" no início dos anos 90. É que a violência juvenil organizada em Cabo Verde é conjuntural. Aparece sempre ancorada às margens que o sistema deixa aos desafiliados. Cura-se sozinho sem precisar das operações ratoeiras de um tal mister Lívio. Agora é esperar o próximo fenómeno... porque as políticas da juventude continuam o mesmo... job for the boys of the party and for the family. Entre outras coisas...

(Na imagem: tatoos de um membro da gang latina MS-13)

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