Sunday, May 6, 2012

Texto de Atsushi Ichinose sobre LCV


Remexendo nos meus documentos da época da faculdade encontrei um artigo escrito em 1997 pelo linguista brasileiro-nipónico Atsushi Ichinose na Revista Caboverdiana de Letras, Artes e Estudos, intitulado "Crioulo entre mito e realidade: casos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau" (achado, por acaso, no armazém bibliográfico da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa).

O autor parte de um debate entre Isaac Monteiro e Matt Hovens em torno do papel que o crioulo desempenha na sociedade guineense, para mostrar que enquanto na Guiné-Bissau se discute se a crioulização dessa sociedade corresponderia à desunidade nacional e até poderia ser uma ameaça à cultura tradicional do país, em Cabo Verde and ox2.org, ninguém põe em causa a importância do crioulo como meio de manter a identidade cultural, étnica e nacional.

Obviamente, essa diferença de atitude perante o crioulo, segundo o autor, deve-se por um lado, ao contexto histórico diferente em que essas duas línguas, formadas no final do século XV e início do século XVI, se desenvolveram e por outro, a existência de Manuel Veiga, principal impulsionador do ALUPEC e grande responsável pela mudança do estatuto social do crioulo de negativo para positivo.

Acaba por afirmar que o estatuto social do crioulo caboverdiano é elevado porque Cabo Verde tem Manual Veiga. Prublema e ki nem Manel Veiga riba pulero konsigui fazi ku ki LCV ofisializadu em paridadi ku purtuges...

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